25 de out. de 2007

Quarante et cinq.

Eu não sei o porquê. Fico entrando e saindo, entrandoesaindo. O tempo todo. Levanto, paro bruscamente. Daí sento pra ver se acontece de novo. Nada, até agora. Talvez eu esteja esperando por algo, um milagre ou algo do gênero, mas nunca tive paciência para esperar, a vida arde o tempo inteiro lá fora. Olho pra ele, ele me olha de volta, ri da minha cara. Eu rio de mim mesma. Acho que foi a loucura que apareceu desde aqueles dias repassados mentalmente. Diariamente. E nunca mais foi embora. Mas daí alguém dá um sinal de vida. Então é recíproco. Não, eu mesma não tinha dito que não era para ser? Ser?! Nada, o que nunca foi. Ou chegou a ser e deixou de saber. Ouço passos leves, já sei de quem são e vou atrás deles. Debulho em cima da pessoa dos passos. Um abraço forte, amigável, conquanto cansado. Fatigado de consolar. Volto, olho de novo. Peço que me ajude a olhar o que ninguém sabe enxergar. Dói, esse eterno procurar. Todos falam, mas ninguém nunca sentiu tão intensamente. Ou, pelo menos, ninguém nunca aguentou por tanto tempo. Porque... Olha só, eu daria minha vida. Acho que vou escrever, talvez passe o resto da vida aqui. É o jeito.

24 de out. de 2007

Quarante et quatre.

O sonho tão bem sonhado. Acordei tão crente de que era realidade, que nem a desilusão me fez tirar aquelas imagens e aquele rosto da cabeça. Um rosto proibido, tal qual também procura pelo meu à noite, tal qual nunca foi para ser. Fomos reduzidos a uma velha tentação. Algo carnal. Sempre isso e o pesado silêncio, quebrado apenas por uma lenta respiração. Reminiscências. As cartas nunca foram tão sinceras, tão intensas como naqueles dias. Isso porque foi você quem me deu o abraço mais sincero que já recebi. Foi no mês de Dezembro, eu me lembro. As palavras eram diferentes; fáceis, sentidas, muito valorizadas. Hoje vejo-as sairem aos poucos, lentas, difíceis. Muito mais idealizadas. Reduzidas a sons. É, só isso. E nunca mais a música. A rosa. O abraço. Que tédio - ela achou a palavra antes, mas era isso sempre que aquele olhar se desviava. Até me envergonho, já que sempre quis muito.

Dream until your dream comes true
ps: nunca leio horóscopo. além do meu ceticismo, não há tempo pra tais futilidades. acontece que a aula chata, o sudoku e as palavras cruzadas me levaram a ele hoje. não deu pra não deixar registrado aqui. "[...] e sonhos proféticos"

23 de out. de 2007

Quarante et trois.

Então não me conte seus problemas, pois vou querer noite inteiras. Com arco-íris, sol e chuva. Pelo sim, pelo não, é melhor escrever. Novamente um idílio.
"Palavras lindas a pessoas lindas. Não só no sentido fútil."
Love while you're still being held

Quarante et deux.

Sabe o que enlouquece? Todo mundo fingir que está tudo bem. E não está? Você, pelo que sei, mantém as aparências. Ok, vai, eu juro que tentei; não entendo como consegue me olhar nos olhos. Você é uma pessoa tão baixa que nem sequer merece lágrimas de ódio. É o tipo de pessoaque deveria explodir. É isso aí. Ah, e você fede.

20 de out. de 2007

Quarante et un.

De meia-calça rasgada, cabelo bagunçado e olhos brilhando.
É, rapaz.

18 de out. de 2007

Quarante.

Cartas que dizem muito em poucas palavras. Hoje chegou mais uma. Já esperava por ela há muito tempo, mas não sabia. =]

"Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. [...]"
F. Pessoa

Trente et neuf.

"...e alguém morre." E alguém morre, e alguém morre, ealguémmorre. Alguém morre. E depois o quê?
Isso não me sai mais da cabeça. Faz dois meses, apenas.

17 de out. de 2007

Trente et huit.

Nove anos a menos que a média. É o preço que se paga por ser diferente. Tô começando a entender o verdadeiro significado do Carpe Diem, já que esses nove anos terão que ser muito bem distribuídos por toda a vida. Um dia eu ainda me acabo.
Mas foi sempre assim, né? Você queria uma noite; eu te queria pra vida toda.
Mude seus modos enquanto é jovem, não use relógio e lembre-se o tempo inteiro de que os sonhos deixaram de ser o que eram. Dance enquanto pode, enquanto vive. Mantenha seu corpo com o melhor cheiro que há. The Sweetest Smell. Lá atrás alguém chama meu nome, enquanto eu desço até o chão e alguém morre. Sorria como se tudo aquilo que imaginou fosse verdade.
SMILE LIKE YOU MEAN IT

16 de out. de 2007

Trente et sept.

Ai, semana que não acaba.
E eu nem sei se quero que acabe.
Deixemos claro apenas isso; eu quero... Mais. Muito mais.

"Mas isso ainda acaba mal, ô lá se acaba!"

Escapar da rotina dos meus desejos por seus beijos

Trente et six.

Tudo isso não pode ter sido só a maresia. Sonhos mesclados com a realidade em uma vivência estranha; dançar a beira-mar com o pensamento aqui; atração sexual por um coqueiro (haha, admitamos que foi engraçado); rir à toa é loucura; amores que nunca deixei existirem; caipirinha com narguile não dá certo, já diziam os antigos. Ou era manga e leite. Só não descobri quem cronometrou o tempo, já que o mundo desabou no instante em que entrei naquele edifício, édifícil. Faz apenas dois meses, não me conformo com a força de vontade que algumas pessoas tiram não sei daonde, não sei como. Pode ser que sejam apenas fantasmas do passado - e sem querer, sou ambígua, uau - mas eu não suporto esses pressentimentos (pelo que sei, recepções inusitadas deveriam, no mínimo, surpreender). Ah, não suporto mesmo.
They say people in your life are seasons
and anything that happen is for a reason

11 de out. de 2007

Trente et cinq.

Eu sou tão, mas tão fraca. Tinha prometido aqui mesmo que nunca mais ia escrever sobre aquela pessoa. Mas ela sempre dá um jeito de aparecer com suas cartasnamanga.
.
Como o objetivo não é mandar indiretas, coisa já tão rotineira em flogs, nicks e afins, e sim outro (o qual eu ainda não descobri), até eu me confundo sobre quem estou falando. Há momentos em que duas pessoas servem de referência a um mesmo personagem desses capítulos miseráveis. Ok, exceto uma personagem.
.
Tem uma pessoa que prezo muito e que tem um feeling muito forte, tendo a capacidade incontrolável de ler as pessoas. Mesmo aquela que costumo chamar de incógnita. A convivência me força a adquirir isto a cada dia. Sem mais considerações iniciais, afirmo poder ler a presença de algo que certa desconhecida sempre sentiu e que a incógnita sempre soube, mas se fez cega - procedimento que o conhecimento empírico me faz assegurar ser o mais esperado, principalmente vindo de tal gênio. Porque nem com meu melhor amigo, faria o mesmo que ela. Ou, talvez, eu só esteja ciente disso - por mais que ela negue a existência disso sob tortura - por também sentir o algo.
Shit & Shush.
And what I feel...
[unfortunately] won't change
ps: ficou confuso. é, eu esqueci mesmo como se escreve.

9 de out. de 2007

Trente et quatre.

Todo dia eu saio da cama com vontade de mais. E mais sono, também. De manhã nunca ando de carro, só carona. Mas só posso fazê-lo com quem liga o rádio e tem boa percepção com gestos e monossílabos. Hoje foi diferente, porque eu olhei para o céu que continua azul mesmo depois de muito arranhado e para as flores tão roxas e tão cercadas. Como faria ao ver aquelas pessoas que efetivamente fazem valer a pena sair da cama? Sorriria um sorriso vermelho. Ultimamente, tá tudo tão technicolor que eu me lembro da peça de uma amiga que vi na férias de inverno. Enfim, percebi que todo dia é dia, a dança está nos passos; a música, nas sutilezas. Ando tão distraída, tão bem acompanhada.

"Quando eu tô com você, parece que pára. Mas voa."
Você tem meia hora
Prá mudar a minha vida
Vem, vambora

Trente et trois.

Espirrei e não doeu. Me fez sorrir.
É agora, ACORDA.