25 de out. de 2007

Quarante et cinq.

Eu não sei o porquê. Fico entrando e saindo, entrandoesaindo. O tempo todo. Levanto, paro bruscamente. Daí sento pra ver se acontece de novo. Nada, até agora. Talvez eu esteja esperando por algo, um milagre ou algo do gênero, mas nunca tive paciência para esperar, a vida arde o tempo inteiro lá fora. Olho pra ele, ele me olha de volta, ri da minha cara. Eu rio de mim mesma. Acho que foi a loucura que apareceu desde aqueles dias repassados mentalmente. Diariamente. E nunca mais foi embora. Mas daí alguém dá um sinal de vida. Então é recíproco. Não, eu mesma não tinha dito que não era para ser? Ser?! Nada, o que nunca foi. Ou chegou a ser e deixou de saber. Ouço passos leves, já sei de quem são e vou atrás deles. Debulho em cima da pessoa dos passos. Um abraço forte, amigável, conquanto cansado. Fatigado de consolar. Volto, olho de novo. Peço que me ajude a olhar o que ninguém sabe enxergar. Dói, esse eterno procurar. Todos falam, mas ninguém nunca sentiu tão intensamente. Ou, pelo menos, ninguém nunca aguentou por tanto tempo. Porque... Olha só, eu daria minha vida. Acho que vou escrever, talvez passe o resto da vida aqui. É o jeito.

Um comentário:

disse...

Não gosto mais de não te entender.