14 de ago. de 2007

Quatre.

O que você poderia dizer
sobre um ‘corazón partio’
por trás de olhos naturais?

Tanto pra lhe falar, tão pouco tempo. Ainda assim, gozo de uma tarde vazia deitada sobre teu peito.
...
Estranho é eu não me sentir bem com você. Talvez, apenas talvez, essa seja uma das ‘coisas certas a fazer’, e eu estava tão vulnerável quando você me prometeu o pôr-do-sol que eu me contentei com um último vislumbre do seu horizonte. Já não sinto medo desde que minhas lágrimas secaram.
Cansei. De tudo. Cansada, vou passeando numa pracinha ensolarada com a Gaia – meu labrador, se é que tenho direito de possuí-la – e penso no menino que morreu lá. No que se passou na cabeça dele quando lhe apontaram uma arma. Ou se não passou. E no que você diria se estivesse comigo. Posso ver você me olhando com olhos entusiasmados, que vão esmaecendo até entrar num devaneio crônico. A verdade é que meus olhos e olhares também estão cansados. Ah, que seja, você também me cansa, não tenho vontade de vê-lo. Ainda assim, mal posso esperar para daqui alguns meses, em que vou estar linda naquele vestidinho e vou fazer você me querer, mas daí ,‘baby’, vai ser too late for you.
Sou egoísta de tantas palavras que gasto comigo nessa linhas desgraçadas.
What the hell is wrong with me?
não adianta nem me procurar
em outros timbres, outros risos
eu estava aqui o tempo todo
só você não viu
ps: depois do ‘foda-se’, isso fica divertido

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