14 de ago. de 2007

Six.

Sobre reminiscências e reticências...

Meu último refúgio virou as palavras. Gravadas, sempre desse jeito. Só elas têm sido capazes de acalmar a alma fugaz. Acho que ainda existe aquela vontade de demonstrá-las, mas sairiam apenas sons...
Aquele silêncio estava ensurdecedor. Em pensamento, eu implorava por qualquer coisa. Uma palavra, um som. Bastaria. Os faróis lá fora passavam repetidamente. Iam me cegando, enquanto o motor do carro roncava. E sempre o silêncio...
As lágrimas contidas. Eu não chorava, elas iam sendo arrancadas de mim, uma a uma. Mas era apenas raiva com um gostinho podre da velha história...
Eu me lembro nitidamente da primeira vez que te vi, agora sei que a culpa foi sua. Você sustentou aquele olhar.
Sedução dos sentidos, que um por um se rendiam.
Parecia que o mundo desabafava, mas calei-me em ti.
E já nem sei mais quem sou.
Se ao menos tivéssemos colocado logo um fim naqueles sinais reticentes.
Me ficou um gosto de bala e pipoca na boca.
Como dizia o ditado mesmo? Que é vivo sempre aparece. Uau.
Sabe quando dói?
Então, é você.
Meu sangue ferve. São tantas coisas.

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